Passo 3
Diante do estudo teórico realizado
o trabalho sistemático com o cálculo mental permite ao aluno
construir novos esquemas de ação, estabelecer um espaço de múltiplas interações
em sala de aula, desenvolver habilidades como a atenção, a memória e a concentração,
ampliar o repertório de cálculo e agilizar seu uso. Além disso, tal prática
poderá auxiliar o professor a identificar invariantes operatórios mobilizados
em situações–problema e atuar diretamente neles.
O aluno aprende a se expressar em diversas situações,
debater, corrigir e até mesmo solucionar problemas ou situações de imediato.
E essa habilidade é conquistada com vários trabalhos de
memorização de cálculos, estudos de situações, medidas, cálculos, qual operação
usar e expressar-se.
De acordo com Anselmo e Planchette
(2006), o trabalho de memorização se apoia sobre algumas ideias fortes:
· A memorização
ocorre através da ação, quando compreendemos e quando respondemos a uma questão
que nós formulamos;
· Para memorizar
temos de utilizar todos os sentidos;
· A verbalização
para si e para os outros ajuda a interiorizar novos procedimentos de cálculo e
a ganhar tempo, permitindo a certos alunos libertar-se das dificuldades da
passagem ao escrito.
Devemos
deixar claro que essa competência é individual, pois cada criança tem sua forma
de memorizar, realizar cálculos de cabeça e chegar em resultados.
Acreditamos que o trabalho com o
cálculo mental permite comprovar essa reciprocidade e favorecer a aprendizagem
de conceitos matemáticos. Além disso, o trabalho com o cálculo mental possui,
de acordo com Boulay; Le Bihan; Violas (2004), duas funções: a social e a
pedagógica. A função social se justifica pelo uso em cálculos do dia-a-dia, que
se manifestam na diversificação de estratégias de cálculo complexo e na
utilização de cálculos aproximados. Já a função pedagógica tem um papel
importante para a compreensão e domínio das noções ensinadas, haja vista que
sua prática pode contribuir para:
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